
Ana Volpe/Senado
“A indústria brasileira encontra-se em um período extremamente desafiador. O setor produtivo nacional tem sofrido com a concorrência externa ao longo dos últimos anos, e diversos setores da economia, que antes exportavam para o mundo todo, hoje lutam para manter o seu posicionamento no mercado interno. Mesmo na América Latina e no Mercosul, para onde exportamos a maior parte de nossos produtos manufaturados, perdemos espaço de maneira crônica”, argumenta Paulo Skaf, presidente da Fiesp.
A federação reivindica que o país lidere e aprofunde a integração na América Latina e reassuma a liderança efetiva do Mercosul, mas que também tenha como prioridade os acordos com a União Europeia, Japão e Estados Unidos. O país precisa, da mesma maneira, passar a refletir e atuar estrategicamente junto aos Brics, à China e à África, defende a Fiesp.
“Da maneira como as coisas estão hoje, nossos produtos têm sido substituídos no mercado interno e externo por serem, ao mesmo tempo, estruturalmente mais caros que os asiáticos, e menos avançados e inovadores do que os europeus, japoneses e norte-americanos. Neste contexto, a palavra de ordem é competitividade”, afirma Skaf.
Nesse quesito, a Fiesp quer que o Brasil se aproxime das práticas internacionais (OCDE/ONU) para evitar a dupla tributação, eliminando, entre outros, a obrigatoriedade de adoção do crédito fictício (tax sparing) na negociação de novos acordos.
Confira as alternativas propostas pela Fiesp na versão completa do documento “Propostas de Integração Externa da Indústria”.
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