A participação da presidente Dilma Rousseff na VII Cúpula Brasil-União Europeia, nesta segunda-feira (24/02), em Bruxelas, representou o compromisso do Pais de impulsionar as negociações do Acordo de Associação entre Mercosul e UE. A presidente declarou mais de uma vez durante sua estada na capital europeia , “que nunca viu tão próxima essa possibilidade, tanto da nossa parte, quanto da parte da UE”.
“Ainda é cedo para vislumbrarmos uma data para o fechamento do Acordo, porque existem pontos sensíveis a discutir, principalmente na área da agricultura, mas como a presidente reiterou, nunca esteve tão perto de acontecer este pacto”, afirmou Luigi Gambardella, presidente da EUBrasil, tendo acompanhado de perto as declarações da presidente em Bruxelas.
Os dois blocos marcaram a data de 21 de março para que os técnicos europeus e latino-americanos façam uma avaliação das ofertas para finalmente acordarem a troca formal.
Antes do encontro com os europeus, quatro dos sócios do Mercosul - Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai – se reúnem em 7 de março para tentar uma oferta comum. Se não for fechado acordo entre eles, existe a possibilidade de que sejam postas na mesa de negociação ofertas com ritmos diferentes.
Política Industrial
“O resultado da Cúpula foi bem positivo”, reforçou Gambardella, “inclusive sobre outros temas”.
A presidente aproveitou o encontro com os europeus para deixar claro que o governo brasileiro “estranhou” a contestação pela Europa, no âmbito da Organização Mundial do Comércio (OMC), da politica industrial do InovarAuto e da Zona Franca de Manaus.
No primeiro caso, a presidente Rousseff considera que o InovarAuto é um importante programa de desenvolvimento tecnológico com a participação dominante de empresas europeias instaladas no Brasil. No segundo, ela disse que o governo não só apoia a região como “tem o compromisso de aumentar a Zona Franca”.
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